Poríferos (porifera)
Filo Porífera
Colônia de esponjas. Foto: LauraD / Shutterstock.com |
Animais dotados de poros por todo o corpo, por isso chamados de poríferos,
e com um aspecto esponjoso, macio e flexível, podendo ser usados como
esponja de banho. São também chamados de espongiários. Predominantemente
marinhos, existindo apenas uma família de água doce, a Spongillidae.
Sempre vivem fixos a um substrato, podem estar isolados ou em colônias; são
filtradores, possuem um esqueleto silicoso ou calcáreo, não possuem
sistema muscular, nervoso e sem diferenciação entre órgãos, por isso
chamados parazoários.
Digestão
As esponjas não possuem sistema digestório, e a digestão é
exclusivamente intracelular. Se alimentam de pequenas partículas em
suspensão na água que circula em seu corpo. Estas partículas entram
pelos poros junto com a água, caindo no átrio (ou espongiocele) que é a
cavidade interna da esponja e saem pelo ósculo, uma abertura maior. As
partículas de alimento que ali entram podem ficar retidas no colarinho
de células flageladas chamadas coanócitos, que promovem a movimentação e
circulação de água no átrio da esponja, graças à presença de flagelos.
Os coanócitos fagocitam e digerem parcialmente estas partículas, transferindo-as para os amebócitos, células que compoem a mesogléia, material
gelatinoso que preenche o corpo das esponjas. Os amebócitos terminam de
digerir as partículas e distribuir por todo o corpo o produto desta
digestão.
Sistema nervoso
As esponjas não apresentam sistema nervoso.
Respiração
Também não apresentam sistema respiratório, e as trocas gasosas ocorrem por difusão.
Circulação
A circulação é basicamente de água, alimento e espermatozóides, que
entram pelos poros e saem pelo ósculo, promovida pelo movimento dos
flagelos dos coanócitos
Excreção
A excreção é feita por difusão.
Tegumentos e esqueleto
A parte externa do corpo das esponjas apresenta muitos poros e é formada por células achatadas denominadas pinacócitos, formando a pinacoderme. Os coanócitos também participam desse revestimento.
Na mesogléia existem espículas, estruturas de sustentação que podem
ser de calcário ou sílica. As espículas se assemelham com agulhas. Pode
possuir também uma rede de proteína, chamada espongina.
Os poriferos, também conhecidos como esponjas, podem se reproduzir de maneira sexuada ou assexuada, de acordo com as condições do ambiente em que vivem.
Reprodução Sexuada
A maioria dos poríferos são hermafroditas. Os gametas são originados
em células denominadas gonócitos, que derivam dos amebócitos (uma célula
pertencente ao filo em questão). Os gametas masculinos
(espermatozóides) saem da esponja através do ósculo (abertura principal
do espongiocele), para em seguida, penetrar em outra esponja através dos
poros, carregada pela corrente de água. Os coanócitos (células ovóides)
captam os espermatozóides, transferindo-os para os óvulos, localizados
na mesogléia, ocorrendo a fecundação. A maior parte das esponjas são
vivíparas, sendo que após a fecundação o zigoto é retido e passa a
receber nutrientes da esponja, até haver a liberação de uma larva
flagelada, que irá nadar e se fixar em um substrato, originado um novo
indivíduo.
Reprodução assexuada
Os poríferos possuem uma extraordinária capacidade de regeneração,
podendo se reproduzir através do processo de brotamento externo ou
interno, regeneração ou gemulação ou por meio de um broto que dará
origem à uma esponja adulta. As esponjas que se reproduzem pelo processo
assexuado, possuem o material geneticamente idêntico ao de seu genitor.
- Brotamento: o broto formado por amebócitos aparece no corpo da esponja, podendo sair e originar outro indivíduo ou permanecer preso, originando colônias.
- Fragmentação: fragmentos de uma esponja, por menores que sejam, podem originar novas esponjas, devido ao seu alto poder de regeneração.
- Gemulação: este tipo de reprodução assexuada ocorre necessariamente apenas em espécies dulcícolas. Originam-se gêmulas no interior da esponja (estruturas de resistência). São formadas por células indiferenciadas e cercadas por um rígido envoltório.
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